O que é ABA
“ABA” é uma sigla para Applied Behavior Analysis que no Brasil é conhecida como Análise do Comportamento Aplicada.
ABA não é um método, mas sim um braço de uma ciência dedicada a oferecer soluções comportamentais para as demandas da sociedade, dentre elas, as necessidades das pessoas diagnosticadas com Autismo.
O nome ABA vem da sigla em inglês (Applied Behavior Analysis), ou seja, Análise Aplicada do Comportamento. Cada parte dessa sigla forma a base dessa atuação. A letra A de Aplicada (Applied) corresponde ao interesse nas demandas da nossa sociedade, sendo uma delas a atuação com pessoas autistas. A letra B (Behavior) de Comportamento diz respeito ao estudo de dados objetivos e acessíveis à prática de observação, evitando assim terminologias mentalistas/abstratas como inteligência, que poderia confundir os terapeutas e pesquisadores por falta de uma definição objetiva e mensurável. E por último a letra A de Análise (Analysis) diz respeito à busca de variáveis ambientais que possam controlar a ocorrência ou não de determinados comportamentos. Além dessas 3 dimensões, Baer, Wolf e Risley (1968) apresentam mais 4 dimensões (conceitualmente sistemática, tecnológica, efetiva e generalizada) que definem uma prática como ABA.
Na atuação da Análise Aplicada do Comportamento ao Transtorno do Espectro do Autismo, a ABA vem acumulando evidências sobre sua efetividade na educação de crianças com Autismo (WONG et al., 2013) e comparada com outras abordagens de ensino é a mais eficaz (HOWARD et al., 2014; DAWSON et al., 2012; EIKESETH et al., 2012). As intervenções em ABA devem ser contínuas e intensivas, variando entre 10 horas (Gomes et al, 2019) a 40 horas semanais (Lovaas, 1987) de acordo com a necessidade de cada pessoa, pois se trata de uma terapia individualizada. Essas intervenções produzem melhores resultados quanto mais cedo começarem as Intervenções (de preferência ainda na 1ª infância) (ROTTA; BRIDI FILHO; BRIDI, 2016).
BAER, D. M.; WOLF, M. M.; RISLEY, T. R. Some current dimensions of applied behavior analysis. Journal of Applied Behavior Analysis, vol. 1, p. 91-97, 1968.
DAWSON, G. et al. Early behavioral intervention is associated with normalized brain activity in young children with autism. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry., vol, 51, p. 1150-1160, 2012.
EIKESETH A. S; KLINTWALL A. L; JAHR A, B. E; KARLSSON, P. Outcome for children with autism receiving early and intensive behavioral intervention in mainstream preschool and kindergarten settings. Research in Autism Spectrum Disorders, v. 6, 829-835, 2012.
Gomes, C. G. S., Souza, D. das G. de ., Silveira, A. D., Rates, A. C., Paiva, G. C. de C., & Castro, N. P. de .. (2019). Efeitos de Intervenção Comportamental Intensiva Realizada por Meio da Capacitação de Cuidadores de Crianças com Autismo. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 35, e3523. https://doi.org/10.1590/0102.3772e3523
HOWARD, j. S.; STANISLAW, H; GREEN, G; SPARKMAN, C. R. Comparison of behavior analytic and eclectic early interventions for young children with autism after three years. Research in Developmental Disabilities, 35, 3326-3344, 2014.
LOVAAS, O. I. Behavioral Treatment and Normal Educational and Intellectual Functioning in Young Autistic Children. Journal of Consulting & Clinical Psychology, 55, 3-9, 1987.
ROTTA, N. T.; BRIDI FILHO, C. A.; BRIDI, F. R. S. Neurologia e aprendizagem: abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2016.
WONG, C. et al. Evidence-based practices for children, youth, and young adults with Autism Spectrum Disorder. Chapel Hill: The University of North Carolina, Frank Porter Graham Child Development Institute, Autism Evidence-Based Practice Review Group, 2013.
A condução de intervenções ABA por profissionais não-qualificados pode ser muito prejudicial ao desenvolvimento do seu filho.
Atualmente, há muitos profissionais oferecendo intervenções ABA, mas que não possuem qualificações mínimas para realizá-las. Sendo assim surgiu nosso Selo de Qualidade.